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authorTimothy Pearson <kb9vqf@pearsoncomputing.net>2011-12-03 11:05:10 -0600
committerTimothy Pearson <kb9vqf@pearsoncomputing.net>2011-12-03 11:05:10 -0600
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--- /dev/null
+++ b/tde-i18n-pt_BR/docs/tdeedu/kstars/darkmatter.docbook
@@ -0,0 +1,86 @@
+<sect1 id="ai-darkmatter">
+
+<sect1info>
+<author
+><firstname
+>Jasem</firstname
+> <surname
+>Mutlaq</surname
+> <affiliation
+><address>
+</address
+></affiliation>
+</author>
+</sect1info>
+
+<title
+>Matéria Negra</title>
+<indexterm
+><primary
+>Matéria Negra</primary>
+</indexterm>
+
+<para
+>Os cientistas estão agora muito confortaveis com a ideia que 90% da massa do universo está em uma forma de materia que não pode ser vista. </para>
+
+<para
+>A despeito de amplos mapas do universo próximo que cobrem o espectro de radio ate raios gama, temos conta de apenas 10% da massa que deve estar lá fora. Como Bruce H. Margon, um astrónomo da Universidade de Washington, disse ao New York Times em 2001: <citation
+>é uma situação muito embaraçosa admitir que não podemos encontrar 90% do universo.</citation
+> </para>
+
+<para
+>O termo usado para essa <quote
+>massa perdida</quote
+> é <firstterm
+>Matéria Negra</firstterm
+>, e estas duas palavras resumem muito bem tudo que sabemos sobre isto até agora. Sabemos que existe <quote
+>Matéria</quote
+>, porque podemos ver os efeitos de sua influencia gravitacional. De qualquer forma, a materia não emite qualquer radiação eletromagnética detectável, portanto é <quote
+>Escura </quote
+>. Existem várias teorias para justificar a massa perdida, passando por partículas subatômicas exóticas, uma população de buracos negros isolados, até menos exóticos duendes marrons e brancos. O termo <quote
+>massa perdida </quote
+> pode ser enganador, pois a massa não está perdida, apenas é leve. Mas o que exatamente é materia negra e como sabemos realmente que existe se não podemos vê-la? </para>
+
+<para
+>A estoria começou em 1933 quando o Astrónomo Fritz Zwicky estava estudando os movimentos de um enorme e distante ajuntamento de galáxias, especificamente o agrupamento Coma e o agrupamento Virgo. Zwicky estimou a massa de cada Galaxia no agrupamento baseado em sua luminosidade, e adicionou a massa de toda a Galaxia para ter uma massa total do agrupamento. Ele fez então uma segunda estimativa independente da massa do agrupamento, baseado o afastamento em velocidade das galáxias individuais no agrupamento. Para sua surpresa, esta segunda <firstterm
+>massa dinâmica</firstterm
+> estimada era <emphasis
+>400 vezes</emphasis
+> maior que a estimativa baseada na luz da Galaxia. </para>
+
+<para
+>Ainda que a evidencia fosse forte na época de Zwicky, apenas nos anos de 1970 os cientistas começaram a explorar esta discrepância abrangentemente. Foi nesta época que a existência da Materia Negra começou a ser considerada seriamente. A existência de tal materia não apenas resolveria o deficit de massa nos aglomerados de galáxias; traria também maiores consequências na evolução e destino do próprio universo. </para>
+
+<para
+>Outro fenómeno que sugeria a necessidade de materia negra é a curva rotacional das <firstterm
+>Galáxias Espirais</firstterm
+>. Galáxias Espirais contem uma grande população de estrelas que orbitam o centro galáctico em órbitas circulares próximas, muito semelhante a planetas orbitando uma estrela. Como órbitas planetarias, as estrelas com órbitas Galaticas grandes deveriam ter velocidades orbitais menores (isto é apenas uma aplicação da terceira lei de Kepler). Realmente, a terceira lei de Kepler apenas se aplica a estrelas perto do perímetro de uma Galaxia Espiral, porque assume que a massa contida em uma órbita é constante. </para>
+
+<para
+>Contudo, astrónomos fizeram observações das velocidades orbitais de estrelas nas partes externas de um grande numero de galáxias espirais e nenhuma delas seguia a terceira lei de Kepler conforme o esperado. Em vez de cair em raios largos, as velocidades orbitais permaneciam deveras constantes. A implicação é que a massa contida por órbitas de raios largos aumenta, mesmo para estrelas que aparentemente estão próximas da beirada da Galaxia. Enquanto elas estão próximas a beirada da parte luminosa da Galaxia, a Galaxia tem um perfil de massa que aparentemente continua bem alem das regiões ocupadas pelas estrelas. </para>
+
+<para
+>Aqui está outra forma de pensar sobre isso: Considere as estrelas próximas ao perímetro de uma Galaxia espiral, com velocidades orbitais típicas observadas de 200 Km por segundo. Se a Galaxia consistisse somente de materia que podemos ver, estas estrelas muito rapidamente voariam para fora da Galaxia, porque as suas velocidades orbitais Sao 4 vezes maiores que a velocidade de escape da Galaxia. Como as galáxias aparentemente não estão se partindo, deve haver massa na Galaxia que desconhecemos, quando adicionamos tudo que podemos ver. </para>
+
+<para
+>Várias teorias apareceram na literatura para dar conta da massa perdida como <acronym
+>WIMP</acronym
+> (Weakly Interacting Massive Particles), <acronym
+>MACHO</acronym
+>s (MAssive Compact Halo Objects), buracos negros primordiais, neutrinos pesados, e outras; cada uma com seus pros e contras. Nenhuma teoria isolada foi ainda aceita pela comunidade astronómica, porque não temos ate agora os meios para testar uma teoria contra outra conclusivamente. </para>
+
+<tip>
+<para
+>Você pode ver os agrupamentos de galáxias que o Professor Zwicky estudou para descobrir a matéria negra. Use a janela Encontrar Objeto do KStars <keycombo
+><keycap
+>&Ctrl;</keycap
+><keycap
+>f</keycap
+></keycombo
+>) para centralizar em <quote
+>M 87</quote
+> para encontrar o agrupamento Virgo, e em <quote
+>NGC 4884</quote
+> para encontrar o agrupamento Coma. Você pode precisar aproximar para ver as galáxias. Note que o agrupamento Virgo parece ser muito maior no Céu. Na realidade, Coma é o agrupamento maior; ele parece menor apenas por estar bem mais longe. </para>
+</tip>
+</sect1>